Hoje, quando olhamos para as eleições, temos dificuldade de entender: por que precisamos votar, já que vivemos em um tempo no qual parece que o errado tem mais valor que o correto? A cada dia, nossa política parece tornar-se mais especializada em corrupção. Não entendemos como podemos participar e ainda somos forçados a acreditar que nosso voto não tem valor algum.
Desafio você a pensar: você já votou realmente de forma coesa e coerente? Pois, de uma forma geral, o que percebo é que as pessoas simplesmente votam pela obrigação, sem compreender o valor do voto, como se o Brasil já não tivesse mais jeito.
Vamos analisar.
Atualmente, quando queremos contratar algum serviço, sentamos à frente do computador, acessamos algum mecanismo de busca e pesquisamos as melhores opções, pois queremos o melhor e mais em conta!
Até mesmo quando contratamos algum prestador de serviço, buscamos referências na internet, ou seja, a atualidade nos deu a oportunidade de fazer escolhas mais assertivas. Então por qual motivo não fazemos isso quando se trata da política?
Penso eu que votar deveria também ser assim. Temos que escolher o melhor, aquele que de fato tenha boas ideias e planos para o governo e que não tenha apresentado maus resultados no passado. Não estou dizendo para votar em um ou em outro, mas sim para investigar os candidatos, procurar um que não tenha um histórico que o desqualifique. Mesmo que seja um novo candidato, temos meios de descobrir um pouco mais sobre ele, para assim votarmos de maneira mais consciente.
Se você entrar na ferramenta de busca da internet e o nome que você digitou vir com uma série de delações ou notícias que demonstrem que ele é desonesto, por que você votaria nele? Afinal, apesar do artigo 15º da Constituição Federal apresentar vários motivos para uma pessoa se tornar impossibilitada de ser eleita, parece que alguns candidatos ainda conseguem uma “brecha”.
Em todo caso, sempre acreditei que é dever de cada cidadão também fiscalizar. Como a justiça tende a ser cega e lenta, podemos prevenir algumas situações se não elegermos aqueles que porventura já tenham cometido algum tipo de erro ou tenham agido contra o bem comum.
Votar não é um ato simples, é algo que exige muita responsabilidade e que não acaba nas urnas. Ao contrário do que muitos pensam, não podemos eleger alguém e deixá-lo lá para fazer o que quiser. Precisamos fiscalizar, afinal, somos sociedade, e é papel de todos zelar pelo cumprimento dos direitos e deveres da nação, estados e municípios. Se aquele que foi eleito (contratado) por você precisa cumprir com o que foi acordado no voto (assinatura do contrato), você, como eleitor (patrão), deve acompanhar o trabalho deste seu mais novo funcionário e também ajudá-lo no exercício do mandato.
Se porventura seu escolhido não for eleito, você, enquanto cidadão, tem todo direito de realizar a mesma fiscalização e cobrar. Depois de eleito, ele não representa só aqueles que o elegeram, mas sim toda a sociedade.
E acredite: seu voto faz a diferença. Se não fizesse, eles não lutariam tanto por ele. Para isso ficar ainda mais claro, apresento aqui um exemplo que aconteceu em Santa Catarina, mas, se fizermos uma busca na internet, encontraremos muitos outros:
Então, não se deixe enganar! Não prejudique uma nação que já está tão fragilizada, cumpra com seu papel de cidadão e entenda de uma vez por todas: vivemos em sociedade! Só vamos transformar o Brasil no País que queremos se formos a mudança de que o País precisa. Não espere que outro resolva o problema, comece por você. As eleições estão chegando, leve isso a sério e não a trate como uma partida de futebol, pois, no final, todos nós perdemos. Vamos, em 2018, mostrar que somos uma nação que tem jeito, para que as futuras gerações não façam piadas com a nossa passagem e sintam, sim, orgulho do que nós, brasileiros que viveram no início do século XXI, fizemos pelo presente e pelo futuro desta nação.
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