Precisamos sempre lembrar que temos muito ainda do que nos conscientizarmos. Caminhamos é verdade, mas os negros ainda são tratados com inferioridade, estão longe da oportunidade de ocupar posições privilegiadas na sociedade. Basta prestarmos atenção e veremos o que muitas vezes fingimos não enxergar.
Não é fácil equiparar direitos, ainda mais com tantos anos de exploração e violência. Devemos continuar a luta pela equidade.
Cotas! Essas não são por inferioridade cognitiva e sim por desigualdade social e por preconceito racial (também em hábitos e crenças que nos são passados histórica e culturalmente).
Vejo muitas pessoas falarem em mérito. Mas será que o Brasil consegue reconhecer o mérito de alguém? Ou ainda vivemos em uma sociedade HIPÓCRITA que finge ter vencido o preconceito?
Acredito que ainda falta muito para que os negros, o índios, as mulheres…enfim todas as minorias consigam seu lugar de fato e de direito (e olhem bem, assim como outrora em senzalas essa “minoria” é a maioria do Brasil.)
Vamos precisar lutar muito ainda e realizar muitas semanas de consciência negra para que todos os danos causados por um passado de exploração não continue presente.
Nesse país só o negro que se fez branco é que foi aceito na sociedade. No mais, é muita luta e sangue derramado. O chicote foi substituído pela bala e os grilhões, os ferros pela ignorância cultural e a falta de empatia. Quantas mães choram o sangue derramado pela violência do crime. Crimes e violências provocadas pela ganancia das elites econômicas e políticas do nosso país. Isso precisa mudar! AGORA!
O melhor de todos os caminhos sempre foi e continuará sendo a educação e a inclusão, por uma via que mostre a cultura e a história de todos e não um processo unilateral de conhecimento.
Aqueles que se calam, diante dos crimes cometidos são tão ou mais culpados do que os que cometeram. Aqueles que podem falar tem o dever de fazer.
Vivemos em tempos que preto, pobre e favelado nesse país, não tem lugar ao sol…a não ser que seja para arar o campo ou estendido no chão…
Só mais uma coisa: aqueles que querem filmar nossas aulas, façam! Coloquem na rede! Quem assistir com certeza aprenderá alguma coisa!
Calados não vamos ficar! É papel do Curso de História, dos historiadores e professores trabalharem para que possamos vencer os grilhões da ignorância e do preconceito.
Sem mais!