Há quase 50 anos um grupo de intelectuais Valeparaibanos se reuniram e começaram a lutar pela preservação do patrimônio ambiental, cultural e histórico da nossa região. Assumiram diversas frentes de batalha nas mais diversas cidades da região, pois percebiam e sentiam que o Brasil, principalmente o Vale do Paraíba, estava perdendo toda a sua história e, com isso, logo perderíamos a nossa identidade, questão importante para que nos identifiquemos e lutemos pelos nossos munícipios.
Durante os anos de 1970 vários grupos se organizaram e começaram esse trabalho, um deles – o pioneiro, foi o Museu Frei Galvão que fez parte e viu nascer importantes instituições do Vale do Paraíba.
O Museu Frei Galvão teve à frente de sua fundação vários nomes, destaco aqui três, em especial, Thereza Maia, Tom Maia e José Luiz Pasin. E desde então o museu tem como papel primordial a guarda da história da cidade de Guaratinguetá. Apesar de receber o nome do ilustre guaratinguetaense frei Antonio de Santana Galvão, não é um museu de caráter apenas religioso. Nele encontramos desde restos mortais de habitantes indígenas da cidade até uniformes de soldados da Revolução Constitucionalista de 1932, além de uma série de documentos fotográficos, iconográficos, jornais, arquivos oficias e pessoais… uma infinidade de objetos que representam a formação histórica e cultural de Guaratinguetá. E nós cidadãos valeparaibanos temos um compromisso com esse trabalho tão bem realizado e coordenado por esse time liderado pela Prof.ª Thereza e Alice, que dedicaram suas vidas por esta causa. Porém neste momento o museu clama por ajuda. Auxílio de verdade, não pequenas remediações. O museu precisa da colaboração do estado e do munícipio, mas de maneira correta.
Este texto é um convite para refletirmos e agirmos em prol de contribuir com estes guardiões da nossa história. Às vezes sinto que as pessoas não percebem a real importância deste material tão bem cuidado e disponível em nossa Guaratinguetá, não se preocupam com o fato que ainda poderemos perder tudo isso. Afirmo que esta instituição é algo raríssimo em se tratando de cidades do Vale do Paraíba, onde mal encontramos um arquivo sério para pesquisar e conhecer nossas memórias, histórias e tradições.