Estamos nos aproximando de mais uma eleição municipal, e todo o ritual começa mais uma vez: a busca por votos e apoio por parte dos candidatos.

            Acredito que já estamos em um novo Brasil. Não digo isso pelas condições políticas, pois cada vez que paramos e observamos o cenário, assustamo-nos, tamanho o número de escândalos de corrupção. Porém, quando falo em um novo Brasil, refiro-me à postura do eleitor, que parece começar a querer algo novo, ao mesmo tempo em que se envolve com as questões associadas às eleições e às medidas tomadas por diferentes instâncias do governo.

Voto. Acho que já ouvimos essa palavra em outras frases, como por exemplo: “para você, dou meu VOTO de confiança”. A palavra voto vem do latim votum e quer dizer “promessa”. Quando um sacerdote faz seus votos ou quando um casal se compromete em matrimônio pelo voto, a “promessa” se estabelece pelo desejo de se realizar algo. Logo, o voto do povo é uma aliança de confiança com seu candidato, do desejo de que algo importante realmente possa ser realizado. É interessante termos essa ideia conosco, pois confiamos verdadeiramente em alguém para assumir um cargo que irá dar rumos para nossa vida, para o nosso futuro e o futuro das pessoas que amamos, e, por isso, precisamos realizar essa ação com consciência.

            Mas como ter consciência do voto em tempos nos quais perdemos mais e mais nossa confiança na política? Essa seria uma pergunta de um milhão de reais! A resposta que posso dar é: precisamos votar na pessoa na qual acreditamos.

            Votar, cada vez mais, tem sido uma maneira do brasileiro tentar se rebelar contra o sistema, e isso é válido. O problema é fazer isso de forma irracional. Não estou aqui para ensinar ninguém a votar; afinal, não teria elementos suficientes para essa decisão que é tão particular. Porém sei que posso ajudar a como refletir com relação ao voto. Não vou entrar aqui em discussões que envolvem partidos, pois, no Brasil, isso se torna cada vez mais confuso.

            Candidatos e políticos eleitos mudam de partido como trocam de roupa. Logo, precisamos votar nas pessoas que, de alguma forma, demonstram iniciativa para realizar algo, que possuem conhecimento para fazê-lo e tenham uma boa moral, longe de escândalos e de coisas que possam desabonar a índole dessas pessoas. Não é tarefa fácil; aliás, precisamos de muita pesquisa para entregar o nosso voto, pois, assim como deveria ser em qualquer relacionamento, precisamos acompanhar as ações e cobrar daqueles em quem confiamos e entregamos o direito de nos representar.

            Não jogue esse direito fora, reflita com cuidado e atenção. Caso tenha dificuldade em estudar os candidatos, procure pessoas que possam ajudá-lo nesta tarefa. Mas tome a sua decisão por conta própria. O voto é seu, e não precisamos dizer a importância de cada um dos eleitores nesses pleitos que conduzirão a história dos nossos municípios.

            Busquem pessoas que não deixaram para agir em prol dos municípios no final de seus mandatos, não deixem os “políticos” acreditarem que a pavimentação em final de mandato é suficiente para que você confie novamente nele. E volto a dizer, estude seu voto. Se você pretende reeleger alguém, verifique o mandato dele, veja se foi satisfatório do começo ao fim. Nós não temos memória curta e a história não esconde os fatos, e hoje é fácil buscar todas as informações de que precisamos na internet.

Votem conscientes!

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