Por Diego Amaro de Almeida e Lílian de Paula Santos
Você se pergunta o tempo todo se está tendo qualidade de vida?
Tenho certeza que à esta questão, muitas pessoas resolveram responder agindo.
Compraram uma bike e começaram a pedalar.
E na semana do Ciclista (19 de agosto) quisemos, meu amigo Diego Amaro e eu, escrevermos um texto desprovido de reflexão, mas com uma dose de humor sobre essas tribos de ciclistas que nos encantam.
Você deve ter visto aos montes esses bandos nos acostamentos das estradas.
Para pedalar, eles se organizam seriamente. Em tempos de pandemia, o pedalar tem sido uma eficiente arma. E aí começam as manias.
Mania 1: Compromissos
Combinam nos grupos sociais diversos pedais. E, não há Cristo que os impeça de andar.
Não há preguiça pra levantar cedo. Não há dor que os segure, nem mesmo uma ressaca brava.
Mania 2: Tornam-se previsíveis
Sim, os ciclistas tornam-se previsíveis. O que você vai fazer no fim de semana? Vou pedalar com a turma. Vou descobrir um caminho novo. Vou na PQP de um “tar” de balanço infinito. Hehe.
Mania 3: A culpa é da bike
Fulano, você está mal hj? Eu não, a bike é que está ruim. A corrente, a roda, a suspensão, o clima que afeta no quadro da bike. Kkkkkkk..
Ouuuuu.
Dormi mal, briguei com marido, esposa, gato, cachorro.
Mania 4: Formar tribos
E posso dizer, com propriedade, que realmente não há desculpas para os que se propõem pedalar.
Essa é uma decisão sensata. E tem horas que parece que não . Cada morro que você se depara, cada descida íngreme e técnica que você vence. Sem falar nos desafios pessoais que transpassa, nos quilos a mais que perde e nos amigos que ganha.
Em todos esses desafios, as famílias que encontramos, os amigos que descobrimos nos ajudam a vencer dia a dia.
A turma te joga pra cima, te puxa no desânimo, te faz topar ir em cada passeio que talvez, sozinho, você não viesse a conhecer.
Mania 5: Você vira modelo e registra tudo
São caras e bocas para as fotos. São inúmeros registros feitos em tantos lugares maravilhosos.
E tudo isso passa a ser contabilizado na conta da vida, seja nas redes sociais mais comuns (Insta e Face) ou também naquelas que são próprias de esporte, dentre elas, o Strava.
Essas plataformas também servem para te instigar a querer mais e a melhorar consigo. Sejam suas metas que vão sendo superadas ano a ano, sejam os amigos que seguem com você nessas novas trilhas.
O esporte entrelaça amizades. Cria campos férteis para o cultivo de relações verdadeiras e duradouras.
Até novas espécies
Por qual motivo é o dia do Ciclista?
É uma homenagem a um ciclista atropelado e morto.
Há muitos carros e muitas bikes. E nesse meio, há muitos desatentos, gente distraída e imprudente para todos os lados e em todos os veículos. E, mesmo assim, em um milhão de ciclistas atentos, haverá uma vítima da imprudência humana.
Por todos os ângulos, o ciclismo é uma questão social, por isso, eu passo a palavra ao amigo Diego Amaro.
Bom, antes, porém, vou falar do que e como os amigos nos ensinam. Aqueles que zelam pelo nosso bem e crescimento, tendem a nos ajudar a desenvolver boas práticas. Uma querida amiga que divide também comigo a produção dessas reflexões, ao me convidar para conhecer uma prática esportiva, despertou a admiração pelo ciclismo. Confesso que ainda estou longe de ser um prático no que se refere a esse esporte, mas tenho desejo de me superar.
Ser convidado para acompanhar treinos e competições, me fez observar algumas questões mais próximas à minha área de interesse à “sociedade” e o “agir social”.
Durante alguns anos pude perceber o aumento no número de participantes e a ampliação das faixas de idade, que inicialmente eram em grande número jovens e adultos do gênero masculino, com o passar do tempo, divulgação da prática e surgimento de redes sociais próprias dos grupos, as famílias passaram a frequentar os eventos esportivos. Além disso, as redes aproximaram aqueles que possuem interesse comum, fortaleceram e ampliaram a prática do ciclismo.
Somos seres sociais e precisamos do outro, pois é no outro que nos reconhecemos. O ciclismo é um exemplo da integração social tão importante para nos afastar de doenças como a depressão.
Quando nos sentimos parte de um grupo, quando participamos de movimentos como o ciclismo além de alcançar um boa saúde física, desenvolvermos força e resistência, também melhoramos nossa saúde mental.
O envolvimento e o cuidado que uns têm com os outros precisam ser evidenciados, é um momento que o sentido de comunidade vem à tona. Independente de crenças e ideais, ali a paixão comum é o esporte e a superação, símbolo que realmente une as pessoas na busca de um ideal comum.
Nosso desejo pra 2020?
Pedale!!!