Esta é mais uma expressão popular que marca a história dos tropeiros brasileiros, homens responsáveis pelo desenvolvimento econômico do Brasil, os primeiros a transportar os produtos brasileiros. E o tempo destes tropeiros é marcado por uma série de expressões que são parte da nossa história até os dias de hoje.

Uma destas expressões: É batendo na cangalha que o burro entende! Será…? Para os tropeiros existiam momentos que os animais começavam a sair do caminho determinado, então eles batiam na cangalha com certa força para que o animal entendesse que deveria seguir por outro caminho, o correto.

Cangalha é um utensílio, feito com ganchos, todo em madeira, que se adapta ao lombo de um animal – burro, besta, jumento, cavalo ou égua, sobre uma proteção ou forro para não ferir o animal. Sobre ela se prende um determinado carregamento como metais preciosos, lenha, cana ou café para o transporte.

Hoje em dia utilizamos esta expressão para nos referir a momentos nos quais temos que chamar a atenção de alguém com uma certa ênfase para que entenda o que deve ser feito. No entanto mesmo batendo com muita força na “cangalha”, por vezes, existem aqueles que não entendem, e continuam cometendo o mesmo erro. Porém, errar é humano! Diz outra expressão, mas também existem pessoas que abusam do direito de errar. Entendo que com o erro devemos aprender para melhorar nossas ações e atitudes, porém alguns insistem nos velhos erros, talvez por uma crença de que um dia dará certo ou porque não perceberam que era um erro. Difícil é acreditar que alguém se sinta confortável em permanecer errando, mas… se isso acontecer é sempre bom ter alguém que bata forte na cangalha, pois assim pode ser que a oportunidade de corrigir-se seja aproveitada. Caso isso não ocorra podemos concluir que burro velho não pega marcha, mas essa é uma expressão para outra história….

 

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