No dia 9 de junho de 2017 tive a oportunidade de estar presente nas comemorações dos 85 anos da Escola Estadual Prof. Francisco Antonio da Costa Braga (Guaratinguetá). A emoção foi grande, e começou antes mesmo deste dia, quando recebi o telefonema do meu querido Prof. Júlio Vieira, que no tempo que estudei no Colégio, ministrava as aulas de português e literatura. Fiquei surpreso com o contato do professor que disse que fariam uma homenagem a alguns dos brilhantes alunos da escola, fiquei grato  por ter sido citado. A partir daí a ansiedade tomou conta, e assim como uma criança que espera o aniversário eu passei a esperar por esse dia.

Ao chegar na escola o primeiro professor que encontrei foi  Júlio, uma felicidade, pois foi como se eu tivesse voltado aos primeiros anos do século XXI, nos tempos em que andei por aqueles corredores carregados de memória. Logo mais uma surpresa, um painel preparado com muito carinho em que estavam esses brilhantes alunos. Eu estava lá, fiquei emocionado ! Pois quem conhece meus tempos de alunos dificilmente acredita no rumo que minha vida tomou.

Nos meus primeiros anos enquanto estudante eu tinha dificuldade em realizar atividades, nunca fui um aluno indisciplinado, mas sempre muito cansado, gastava mais tempo preparando desculpas para evitar o trabalho que realizando tarefas. Porém, foi no Costa Braga que aprendi ser aluno, lá aliei o meu jeito disciplinado à vontade de verdadeiramente aprender, e foi no tempo que estive lá que aprendi ser aluno, e que me apaixonei pela forma como meus professores conduziam suas aulas, todos de maneira tão clara e dinâmica que nos dava gosto acompanhar. Eu mesmo que tinha grandes dificuldades com a física e a química, com o prof. Jorge Sampaio me encantei a cada nova descoberta, pois  quando ele demonstrava com seus exemplos, eu passava a me identificar com a matéria e, a partir daquele momento, tudo ficava fácil a ponto que já queria ensinar aos meus colegas. Se eu não fosse historiador, fatalmente seria biólogo ou cientista, fascínio que fui descobrindo com as aulas da professora Rosângela, porém mais comportado, era nas aulas de Geografia da Professora Celeste queria navegar pelo rumos da geografia, na descoberta de novos lugares e movimentos que ultrapassavam a rotação e a translação, os movimentos de caráter social, talvez fosse ali que eu estivesse me encantando pela história social, e por falar em história. Como não falar do prof. Assis, para mim uma das aulas mais esperadas, pois desde os tempos que eu tinha mais dificuldade com as outras disciplinas a história já era parte da minha vida, e com seu jeito sério e concentrado,  prof. Assim nos conduzia pela história. Ah, mas foram nas aulas de português que comecei a enxergar em mim um professor, o Prof. Júlio sempre muito atencioso com todos, preocupado em sanar todas as nossas dúvidas, nos ouvia e nos dava a oportunidade de aprender. Foi na aula dele que tive a oportunidade de ir para o quadro pelas primeiras vezes, e quem diria no português que assim como a matemática eram problemas na minha vida. Tamanha era a dedicação desses mestres que eu me empenhava cada dia mais, com a principal intenção de honrar o trabalho por eles realizado com paixão, além de  nunca decepcioná-los.

Voltar ao Costa Braga, sem dúvidas, foi emocionante, fazia tempo que meu coração não batia tão forte. A festa foi muito bonita, com exposições e uma magnífica apresentação musical da Fanfarra da Escola Gabriel Prestes de Lorena, além das falas emocionadas de professores e ex-alunos. Aqui quero deixar também um agradecimento especial à Professora Cristina Santos, diretora da Escola Estadual Prof. Francisco Antonio da Costa Braga, que junto com sua equipe de professores, preparou uma festa magnífica, que terminou em um belo coquetel, no  qual pudemos conversar e rever amigos. Parabéns à Escola, professores, funcionários, alunos e ex-alunos pelos 85 anos de um belo trabalho realizado.

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