Diego Amaro de Almeida
Lilian de Paula Santos
“A eterna busca por tudo aquilo que ainda não existe, mas que certamente existirá; do que ainda não é necessário, mas será. É um misto de receio do desconhecido, um
receio de ameaças e oportunidades que nos lança à busca de antecipações
dos próximos movimentos da história.”
(Rui Fava)
Se antes compreendíamos que nossa vida estaria baseada em nossas escolhas profissionais, hoje percebemos que nossa escolha nada pode garantir. Depois da morte, a mudança se tornou a segunda verdade, ou seja, uma eterna constante em nosso tempo.
As grandes mudanças, nas quais o mundo está imerso, estão para além das tecnologias digitais. E todas essas modificações provocam também alterações na forma com que nos comportamos, nos relacionamos e consumimos. É elementar que tudo isso exigirá novas profissões.
Além disso, temos o fato da grande crise provocada pela COVID-19, que colocou fim em muitas vidas, tanto no universo da saúde física-mental quanto financeira.
Em meio a estes problemas, tivemos que rever nossa forma de ser e fazer, pensar e agir fora da “caixa”. Mas estar fora da “caixa” é muito mais do que encontrar novas formas de construir algo, agora é DESTRUIR o que existia para que, assim, possamos desenvolver “coisas” significativas para o nosso tempo.
E o que você está planejando para este tempo? Em uma rápida enquete divulgada em nosso perfil no LinkedIn, à qual agradecemos de antemão pelas rápidas respostas, questionamos sobre:
Como tem sido sua rotina de trabalho?
1- Em casa: sem respostas nesta opção.
2- No trabalho diário: 20% responderam essa opção.
3- No trabalho, mas vou à empresa em dias intercalados, por conta da pandemia: 20% responderam essa opção.
4- Estou em busca de uma recolocação: 50% responderam essa opção.
5- 2021 que me aguarde, irei criar muito: sem respostas nesta opção.
6- Resolvi empreender na crise. Acertei e me encontrei na criatividade: 10% responderam essa opção.
Tempo esse em que as pessoas têm “muita” pressa, em que nos tornamos mais “sensíveis”, em que desejamos viver muitas vidas em uma só… e muitas outras necessidades próprias da era da “imortalidade”, compreendendo que, com os avanços digitais e genéticos, as próximas gerações irão ter um tempo de vida muito maior, o que passa a ser mais um ponto de exploração nessa concepção de recriação.
Em 2018, o Fórum Nacional do Ensino Superior (FNESP) apresentou uma série de novas profissões, e o que esse quadro deixa claro é que o futuro é um lugar integrado, de trocas e movimentos em sinergia. Há especialistas, porém todos são formados por um complexo ramo de habilidades para o trabalho e relações sociais. Aqui, vamos citar algumas dessas profissões, com o intuito de que percebam a necessidade de destruir para reconstruir e para atender às demandas da era da “imortalidade”.
São algumas profissões do futuro:
● Agricultor digital: que vai exigir conhecimento em agronomia, engenharia, urbanismo e design;
● Defensor da ética tecnológica: profissão que vai intermediar questões entre humanos, robôs e inteligência artificial. Essa profissão exige conhecimentos em comunicação, direito, filosofia e ética;
● Gestor de influenciadores digitais: é um profissional responsável por verificar a veracidade dos seguidores e analisar os algoritmos dos influenciadores, de acordo com cada tipo de cliente. Para essa profissão, os conhecimentos exigidos são análise de dados de computação, vendas, publicidade e marketing;
● Reconstrutor de ecossistemas: a esse profissional cabe reintroduzir plantas e animais que foram extintos de uma determinada região, a fim de criar paisagens resilientes e vibrantes. Os conhecimentos exigidos são ecologia e clima;
● Tutor de curiosidade: é o profissional que irá desenvolver materiais on-line e mentoria para o desenvolvimento do conhecimento do professor digital. Um conselheiro que inspira e desperta a curiosidade das pessoas. Os conhecimentos requeridos são os de recursos humanos, direito, educação, psicologia e inovação;
● Minerador espacial: com o aumento da necessidade de elementos naturais para a indústria da transformação, e com a escassez dos mesmos, deverão ser exploradas novas fontes de minérios. Os conhecimentos para essa profissão são robótica, engenharia, astronomia e geologia;
● Autor de jornadas de realidade aumentada: um profissional que será responsável por projetar, escrever, criar, calibrar, construir e personalizar jornadas de realidade aumentada. Os conhecimentos necessários para essa profissão são jogos, multiplayer e familiaridade com tecnologias de ponta.
Essas são algumas dentre as muitas outras profissões que o Mapa do Ensino Superior no Brasil-2018 apresentou. De lá para cá, sem dúvida, novas ideias já estão tomando conta das discussões que cercam o mundo do trabalho.
Recolocar-se, hoje, é uma questão de criatividade. Mas a principal pergunta é: “DO QUE AINDA PRECISAMOS?”. Não se engane! Precisamos de muitas coisas, e o principal jamais virá das máquinas ou da inteligência artificial.
Não devemos pensar que as máquinas irão nos substituir, mas precisamos aprender a olhar para as novas tecnologias como uma possibilidade de sermos mais dinâmicos, eficazes e rápidos em nossas ações. Devemos lembrar sempre que há os pontos em que a máquina nunca irá atuar, sem esquecer que o fator “humano”, com empatia, criatividade e sensibilidade, e os sonhos sempre serão nossos.
A tecnologia só nos permite ir mais longe e bem mais rápido. O colapso inicial causado no mundo do trabalho se dá por condições do tipo de formação que ainda recebemos em nossas escolas e universidades, muito aquém de um tempo em que o desenvolvimento cognitivo é extremamente necessário, pois o desenvolvimento motor não nos garantirá lugar nas empresas e instituições, pois isso é o campo de atuação das máquinas.
Mas as perguntas finais são:
● Desejo mudar de profissão por vontade ou necessidade?
● Como escolher uma nova profissão a seguir depois de anos acostumado a uma função?
● Como eu, que ainda vou ingressar nesse novo mundo das relações do trabalho, posso escolher uma profissão?
Calma, a resposta não está em livros jurídicos, mas, sim, em estudos muito individuais de perfil e até mesmo de oportunidades.
Afinal, a vontade de mudar de profissão é muito pessoal e pode estar relacionada a diferentes fatores. Não dá para generalizarmos aqui todas as situações em uma só.
Você viu o volume de novas profissões surgindo que lhe apresentamos acima? Você se encaixa em uma delas? Percebeu o que, de fato, na sua atual profissão pode ser inovado neste contemporâneo mundo do trabalho?
“É na crise que a gente expande horizontes”. Já ouviu isso? Sim!!!!!!! Então, se existe uma inquietação profissional em você, analise! Veja se não é algo mais sério, pois, se não for, apenas inove onde está. Inovar na vida pessoal e profissional torna você melhor, mais confiante e, pode acreditar, espanta qualquer insegurança.
Era o tempo em que escolhíamos uma profissão e nos agarrávamos a ela como quem cuida de um tesouro. Claro que amar o que a gente faz torna o nosso emprego um trabalho, uma prazerosa missão. Mas dá para nos desapegarmos de muitas coisas e aprendermos a desaprender para aprender novamente dentro daquela mesma profissão.
Agora se, de fato, você deseja mudar ou ainda vai ingressar neste mundo do trabalho, fique atento às redes sociais, pois nelas há muitas oportunidades e dicas de como se sair bem na nova carreira e, até mesmo, o compartilhamento de informações importantes que podem, e muito, ajudá-lo nessa dúvida.
E nunca se esqueça de que sua experiência o faz diferente de qualquer outro ser humano. Confie e mergulhe em 2021.
Nós, aqui, vamos adorar saber que você é MAIS UMA PESSOA REALIZADA NESTE MUNDO, o qual é cheio de pessoas satisfeitas. Um mundo melhor para TODAS AS ESPÉCIES!
A gente se vê no próximo texto!!!