“A oficina foi prática, interativa e muito produtiva. Acredito na evolução e inovação do processo de ensino-aprendizagem e também no protagonismo do aluno. As técnicas apresentadas irão acrescentar, e muito, na elaboração de aulas mais interessantes e dinâmicas” (Prof.ª Ana Abreu, supervisora da UNIFENAS – Campus Divinópolis-MG).

São depoimentos como esse que me incentivam a caminhar pela trajetória da educação.

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Durante as últimas semanas, tive a oportunidade de ministrar seis momentos de formação na UNIFENAS – Universidade José Rosário Vellano (MG). E, além de poder compartilhar minhas experiências, tive a oportunidade de aprender e refletir muito, ou seja, foram dias intensos e de muito aprendizado.

Esse foi meu primeiro contato com esta universidade, local em que tive a honra de ministrar oficinas sobre inovação acadêmica. Lá trabalhei com duas das estratégias com que tenho mais familiaridade. O TPS –Think-Pair-Share (Pensar, compartilhar e socializar) e o Peer Instruction (Instrução por pares).

O primeiro encontro aconteceu na cidade de Alfenas. Foram 16 horas de atividades nos dias 20 e 21 de outubro e mais 8 horas de atividades na UNIFENAS de Belo Horizonte.

As ideias que surgiram do diálogo com esse time de professores, suas angústias e decisões no que diz respeito a esse novo momento em que vivemos na educação me encantaram. Permitiram-me refletir e acreditar ainda mais na mudança que estamos tentando fazer na Educação.

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Durante a aplicação do TPS, em todos os encontros, os professores realizaram a leitura de um texto para a execução da atividade, em que eles teriam que assumir o papel do aluno para tentar sentir o que o estudante enxerga durante a execução do processo. Para essa atividade, apresentei o texto do sociólogo polonês Zygmunt Bauman “O mundo é inóspito à educação?”. Esse texto faz parte de uma coletânea de 44 cartas a um mundo líquido moderno, escritas pelo sociólogo.

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Já trazia em seu título uma pergunta que inquietou os docentes. Com ele realizamos, além da experiência da metodologia, uma discussão muito rica e uma análise deste momento em que vivemos.

A estratégia TPS, que possibilita a cada um dos alunos um tempo para pensar em sua resposta, discutir com o colega e depois apresentar suas ideias para a sala, apresenta bons resultados, além de provocar a reflexão e o diálogo. Com essa estratégia, nossos alunos podem desenvolver sua capacidade de organização, sustentação e argumentação, além de dar conta de importantes leituras que precisam realizar durante qualquer curso, afinal, não existe metodologia na Terra que eduque sem leitura.

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Com o Peer Instruction não é muito diferente, no entanto, os alunos trabalham com conceitos mais definidos e questões mais objetivas e precisam compreender esses conceitos para resolver as questões apresentadas pelo professor. Nessa estratégia, utilizamos dispositivos que facilitam o feedback imediato do professor, que acompanha em tempo real o desenvolvimento e o aprendizado dos seus alunos, podendo rever o caminho da sua aula, percebendo quais pontos precisam de mais atenção. Mais uma vez, possibilitamos aos nossos alunos pensar, dialogar com o colega sobre uma pergunta e ser convencido ou não pela argumentação do outro. Com essa metodologia, precisamos garantir a individualidade da resposta, pois, após o diálogo com o colega, se eles ainda quiserem insistir em sua resposta, eles podem, e assim eles aprendem a defender sua posição. Para a aplicação, podemos usar uma série de tecnologias, e foi o que buscamos apresentar nessas oficinas: tecnologias como o CLICKER, o PLICEKER, o SOCRATIVE, o KAHOOT… Todas permitem que o professor acompanhe o aluno e realize intervenções mais eficazes em sua aula.

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