“A linguagem é nossa ficção primeira, é ela que permite o universo

imaginário que vamos chamar de ‘mundo verdadeiro’”.

(Viviane Mosé, 2018)

 

Por Diego Amaro e Lilian de Paula

 

A epígrafe acima nos faz refletir muito sobre o universo da comunicação, já que as palavras foram criadas com a intenção de que pudéssemos dominar o mundo físico e o das ideias.

Com as palavras, temos a possibilidade de compreender as coisas que nos cercam, mesmo que limitadamente, construímos novas ideias e comunicamos tudo de que precisamos.

Mas será mesmo que entendemos a nossa responsabilidade de comunicar?

 

PARTE 1

A comunicação é uma arte de responsabilidade

 

  • Será que usamos as palavras corretas para representar da melhor forma as nossas ideias?
  • Compreendemos aquilo que podemos provocar ao nos comunicarmos? Ou ainda, a sutileza de entender os caminhos que podemos tomar para que nossa mensagem chegue de forma clara e compreensível a todos?

 

É fato que nos comunicamos todos os dias. Conectamo-nos de diversas formas com aqueles que estão ao nosso redor, seja com a fala, a expressão corporal ou até mesmo por mensagem digital. Isso, sem falar das homenagens que um ser humano pode fazer ao outro em dias comemorativos.

E por falar em digital, as tecnologias digitais fizeram com que todos se transformassem em seres comunicáveis e comunicados em massa. Elas deram a oportunidade do mais simples humano se tornar um influenciador de ideias e também democratizaram o poder de se comunicar. Mas vale lembrar: grandes poderes exigem grandes responsabilidades!

Ao dar um send em uma mensagem, ela já foi enviada. E uma vez lida, o que foi dito dificilmente se apaga da memória do indivíduo. Do mundo dos segredos, a fofoca é inquilina. Há tantos plantonistas neste assunto. Replicar uma notícia falsa? Opa, deixa comigo!!!

Você sabia que uma notícia falsa atinge 90% dos internautas e que ela se espalha 70% mais rapidamente que uma notícia “normal”? Podia isso ser uma fake news, mas a Inteligência Artificial, que trabalha com os chamados algoritmos, acompanha nossos passos neste mundo de “corajosos, valentes e bocudos”.

Quem está por trás de uma desinformação (fake news, notícias pobres em conteúdo, fofoca etc), em muitos casos, sabe o que está fazendo. Faz sabendo que a manipulação viraliza.

 

Quem, em muitas situações, não deve ter noção desse mal é a pessoa que recebe o conteúdo, pois ela o replica sem ter a dimensão de que também é um comunicador em potencial. E ainda atribui esse mal somente à mídia, mas nem percebe que é o grande consumidor do produto podre vendido na prateleira da comunicação.

Não estamos aqui citando como vilã da boa comunicação apenas a mentira, mas também o conteúdo pobre, a informação muito técnica ou até mesmo a falta dela. Não é para também passar a escrever muito intelectualmente ou de maneira muito chula para conseguir alcançar o seu público. É ter sensatez e equilíbrio, para, assim, criar uma comunicação universal e agradável.

 

PARTE 2

Tem solução para este mal?

 

Poderia este ser um problema com data marcada para acabar?

Cremos que não, pois não é a Inteligência Artificial que deu cara aos vilões, eles sempre existiram! Nos tempos do Cristianismo, o Cavalo de Troia. No período contemporâneo, os lobbys falsos ganharam e ganham público, popularidade! O ET de Varginha, a Terra Plana, a Grávida de Taubaté, a corrupção, o projeto de viaduto que não saiu do papel, apesar da promessa. E por aí vai…

Na era do digital, fica muito fácil democratizar a informação sem nenhum critério. Difícil mesmo é exercer o senso crítico de que não existe um único culpado para esse desastre de comunicação social a que se presta fazer muitos cidadãos.

Todo mundo tem sua parcela de culpa, e em todas essas esferas da sociedade há o humano ruim, que espalha fake news, que dá audiência para tal conteúdo e que replica em mensagens, redes sociais e rodas de conversa aquilo que NÃO É!

Fica aqui a dica de dois filmes: O mentiroso e Amor por contrato. Ambos têm a mentira no alvo do roteiro. E aqui também vai a dica do Documentário “O Dilema das Redes”, que fala sobre nossa responsabilidade enquanto “usuários” da tecnologia digital.

O texto, dessa vez, parece áspero, mas tem apenas a intenção de mostrar que todos somos veículos de comunicação.

Que saibamos fazer dessa potencialidade um excelente talento, e que este seja aliado à comunicação social.

Até a próxima, amigos!!!

 

Curiosidade!

A origem do dia da mentira remonta ao século XVI, na França.

Na época, a chegada do Ano Novo era comemorada durante uma semana, do dia 25 de março ao dia 1 de abril. Mas, por ocasião da troca de calendário, ordenada pelo rei Carlos IX, esta passou a ser celebrada no dia 1 de janeiro.

Mas será isso mentira ou verdade?

Hehehe.

Agradecemos a leitura de todos vocês!!!

 

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